REVIVÊNCIAS

Que mar azul! Que bela praia de alva areia...

O meu amor, alguns amigos e eu dançando...

É juventude a se esvoaçar no tempo brando,

tais como as folhas do coqueiro à maré cheia...

Ah, tanto verde nas montanhas! A cachoeira...

Paixão nas águas abraçando o instante lhano...

Ai, que preguiça de escalar essa ladeira...

Mas queres ir, sugar, de cima, o ar serrano...

E para o amor, qualquer esforço é prazeroso...

Os seus anseios, calmo todos, bem zeloso...

Depuro nele o mais sublime que há nos dias...

Estava muito frio ali, que bruto vento!

Quase tão frio quanto sinto no momento;

abandonado, a reviver fotografias.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 06/03/2014
Código do texto: T4717001
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