REVIVÊNCIAS
Que mar azul! Que bela praia de alva areia...
O meu amor, alguns amigos e eu dançando...
É juventude a se esvoaçar no tempo brando,
tais como as folhas do coqueiro à maré cheia...
Ah, tanto verde nas montanhas! A cachoeira...
Paixão nas águas abraçando o instante lhano...
Ai, que preguiça de escalar essa ladeira...
Mas queres ir, sugar, de cima, o ar serrano...
E para o amor, qualquer esforço é prazeroso...
Os seus anseios, calmo todos, bem zeloso...
Depuro nele o mais sublime que há nos dias...
Estava muito frio ali, que bruto vento!
Quase tão frio quanto sinto no momento;
abandonado, a reviver fotografias.