DORES MORTAS - Soneto ( nº34) do meu livro "Em todos os sentidos"
Ah, dores!... Que me vestem tão pesado
Por dentro, esses meus erros do passado;
Deixem meu ser ao menos respirar,
A engolir no ar, culpas pra matar...,
...Esse eu, tão lentamente assim, por pena!
A minha vida ali jaz tão pequena,
Que o meu coração, já não mais entendo,
Nesta carcaça que se vai..., morrendo!
Que tu deste destino não conviva!
Eu nada mais encontro que me aviva,
Não viverei pra quem deixo saudade!
Pois, se ter glória não foi minha sorte,
Não culpe a alma, o nosso passaporte,
Que nos punirá pela eternidade!