"AMIGO"
Olhe bem minha cara no carcás
Note nela o pavor a encher
Não a de meu corpo morto que jaz,
A vossa cara, sim, ao morrer.
Lembre-se de mim, um bom cariz,
De prazenteiros momentos,
Agora, leve-me aos vermes vis
Que infestam funéreos monumentos.
Amigo, com pasmo e mistério,
Com lembranças primevas...
Em silêncio... vai-se do cemitério...
Leva na cara um medo sincero:
Pensando em voltar às trevas.
Ei, amigo, aqui, eu vos espero!