"AMIGO"

Olhe bem minha cara no carcás

Note nela o pavor a encher

Não a de meu corpo morto que jaz,

A vossa cara, sim, ao morrer.

Lembre-se de mim, um bom cariz,

De prazenteiros momentos,

Agora, leve-me aos vermes vis

Que infestam funéreos monumentos.

Amigo, com pasmo e mistério,

Com lembranças primevas...

Em silêncio... vai-se do cemitério...

Leva na cara um medo sincero:

Pensando em voltar às trevas.

Ei, amigo, aqui, eu vos espero!

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 04/03/2014
Reeditado em 14/07/2014
Código do texto: T4714978
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.