Barca do caos que atraca no meu cais

É tarde demais pra dizer nunca mais

Já se foi aquele tempo em que eu era rude

Agora confesso que seu olhar ainda me ilude

Transformando meus risos em suspiros de “ais”

Você é a barca do caos que atraca no meu cais

É a promessa de chuva que não vem encher o açude

E meu coração bate descompassado e amiúde

Fez-se em mim num sempre e nunca num jamais

Rogo-te em silencio numa breve oração

És meu diabo de asas e aureola

Meu anjo torto que harpeia minha canção

Indubitavelmente és minha contradição

Tenho tudo, mas és a corda que falta na minha viola

Minha equação que não encontro a solução

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 22/02/2014
Reeditado em 25/02/2014
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