À minha sogra, 88 anos, internada num hospital
Nos teus cabelos brancos, Isabel
Vejo a vida e histórias a passar
Nas rusgas do teu rosto, ondas do mar…
E no indicador do dedo um anel
És retrato pintado no painel
Das cristalinas fontes a cantar
Tão serena e tão bela q`num piscar
Vejo o traço divino de um pincel
Os teus olhos decifram o enigma
No qual, sorriso aberto, franco e puro
Como resposta a ter é mais seguro
A bailar entre dedos sem estigma
Saltam dúvidas, fica uma certeza
Grande mãe, grande força… natureza!
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