Vozes de um celeiro em Nowhere
O sol se põe ao fim da tarde,
Distorcendo a sombra do moinho lento,
Barrento, barulhento,
Sem vento.
Um lenhador corta sua raiz,
Ensanguentado, morrendo em desconhecimento,
E as luzes mudam, esverdeiam-se, ardendo,
Caem na ilusão de iluminarem um lugar feliz.
Oh! Meu celeiro em Nowhere,
Vozes que escuto da mãe da terra e dos que não existem,
Maltratam a todos pela sua falta triste.
Varro meu terraço sem terra nem terraço,
Tiro a poeira na qual vivo imundo,
Errante, mutante, nauseabundo.
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