Vozes de um celeiro em Nowhere

O sol se põe ao fim da tarde,

Distorcendo a sombra do moinho lento,

Barrento, barulhento,

Sem vento.

Um lenhador corta sua raiz,

Ensanguentado, morrendo em desconhecimento,

E as luzes mudam, esverdeiam-se, ardendo,

Caem na ilusão de iluminarem um lugar feliz.

Oh! Meu celeiro em Nowhere,

Vozes que escuto da mãe da terra e dos que não existem,

Maltratam a todos pela sua falta triste.

Varro meu terraço sem terra nem terraço,

Tiro a poeira na qual vivo imundo,

Errante, mutante, nauseabundo.

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Gabriel Coêlho
Enviado por Gabriel Coêlho em 12/02/2014
Código do texto: T4688659
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