No dialeto dessa dor dizer quem sou
sem que espólio ou ninharia alguma impeça
pesaroso retornar em tarde espessa
ao meu porto,a pervertida aldeia ao sol.
Uma noite que desaba a quem cansou
dessas vagas já vazias de promessa
é estandarte e pavilhão do que não cessa
sem que espólio algum remeta ao que passou.
Meu discreto caminhar pelas vielas
pelos becos e por praças é detalhe
que me amarga o estar aqui ao céu sem estrelas.
Pois da dor de me dizer fiz-me esse entalhe
que me expressa por tormentas as mais belas
mas das quais não se mantém sem que a alma falhe.