No dialeto dessa dor dizer quem sou
sem que espólio ou ninharia alguma impeça
pesaroso retornar em tarde espessa
ao meu porto,a pervertida aldeia ao sol.

Uma noite que desaba a quem cansou
dessas vagas já vazias de promessa
é estandarte e pavilhão do que não cessa
sem que espólio algum remeta ao que passou.

Meu discreto caminhar pelas vielas
pelos becos e por praças é detalhe
que me amarga o estar aqui ao céu sem estrelas.

Pois da dor de me dizer fiz-me esse entalhe
que me expressa por tormentas as mais belas
mas das quais não se mantém sem que a alma falhe.



 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 26/01/2014
Reeditado em 29/01/2014
Código do texto: T4665413
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