O POR DO SOL

Sá de Freitas

( Publicada na Ciranda: "POR DO SOL")

Quando o sol lá se vai com toda calma,

Para que venha à solitária lua:

Sinto a paz que no ar, leve flutua,

Como um sopro de amor dentro da alma.

Cores divinas surgem no horizonte,

E fazem-me sonhar com tempos idos,

Quando eu sentia nesses coloridos,

Da inspiração, a mais jorrante fonte.

Recordo-me dos sinos das Capelas,

Daquelas moças sorridentes, belas,

Voltando à casa, no findar do dia.

E eu poeta, ainda adolescente,

Olhava o entardecer e, de repente,

Compunha versos que ninguém não lia.

Sá de Freitas
Enviado por Sá de Freitas em 27/04/2007
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