EU
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Marcope
05/03/2005 e 20/01/2014
Sou uma sombra. De século distante
Venho, como eterno navegante
Dos caminhos eternos do universo.
Tal qual super estrela apagada
Pelas rotas insondáveis do nada
No próprio obscurantismo submerso
A cada dia desta eternidade
Em que procurei a felicidade
No suave convívio do amor
A vi fugir rápida, assustada,
Medrosa, trêmula, acovardada
Como teme a caça ao caçador.
Será felicidade uma quimera?
E engana-se aquele que espera
Poder então um dia alcançá-la?
Ainda que no longe da mocidade,
Despida a túnica da vaidade,
Pobre de vista e trêmula fala?