TEMPLO DA POESIA...
Ao chegar frente ao majestoso templo da poesia
Senti intenso frêmito de alto a baixo me percorrer;
Com imponentes colunas fez-me no tempo volver
A uma época, um lugar, onde a cultura florescia...
Não pude disfarçar o estranho, inusitado encanto
Que me impeliu à emoção de ignotas lembranças,
De transatas idades, múltiplas e variadas andanças;
Cenas que na tela da memória revi com espanto.
Vi-me perlustrando a poeira da Atenas gloriosa,
Percebi-me no interior de recintos portentosos
Onde se passaram dias de poesia mais gloriosos;
Enfeitiçado, dominado mesmo pela visão formosa,
Incontido, suspirei a plenos pulmões emocionado,
Sentindo aquilo tudo olhando o edifício iluminado...