ANSEIOS - Soneto ( nº28) do meu livro "Em todos os sentidos"

Em nós, tudo se morre em cada pranto,

Ao indulto que o triste ser reluta;

E este mesmo a salvar-nos na conduta,

Dum viver de castigo e desencanto!

Se a ele preso - fomos dominados;

Livra-nos do destino tão sombrio,

Nos sentimentos feito um frio rio,

Num barco a navegar os condenados!

Em lágrimas a cada piedade,

Por este ser que muito nós amamos,

É a forma em vida da saudade...!

Quem foi que disse que ela não nos mata,

Se só foi por amor que nós choramos,

E a despedida vem na hora ingrata?!

Setedados
Enviado por Setedados em 11/01/2014
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