ANSEIOS - Soneto ( nº28) do meu livro "Em todos os sentidos"
Em nós, tudo se morre em cada pranto,
Ao indulto que o triste ser reluta;
E este mesmo a salvar-nos na conduta,
Dum viver de castigo e desencanto!
Se a ele preso - fomos dominados;
Livra-nos do destino tão sombrio,
Nos sentimentos feito um frio rio,
Num barco a navegar os condenados!
Em lágrimas a cada piedade,
Por este ser que muito nós amamos,
É a forma em vida da saudade...!
Quem foi que disse que ela não nos mata,
Se só foi por amor que nós choramos,
E a despedida vem na hora ingrata?!