ADMIRAÇÃO - Soneto ( nº24) do meu livro "Em todos os sentidos"
Quando os olhos meus tão pecaminosos,
Que do íntimo, o corpo lhe despir;
É frasco de perfume no se abrir,
Perdendo-me nos teus cheiros gostosos!
Com uma pele rosa e bem macia,
Fêmea que me consome e já me atiça;
É gata que no toque se espreguiça,
Num morno calor bom, que delicia.
Vejo-me a devorar-lhe admirando,
Domados pensamentos e loucuras,
Num prazer enlevado e infinito!
E assim é que, feliz te sigo amando,
Sem imaginar do teu amor lonjuras,
Deste sonho real e tão bonito!