ETERNAMENTE - Soneto ( nº20) do meu livro "Em todos os sentidos"
Cortado o peito que na dor se acaba,
E lavado por lágrimas sentidas,
Procuro curar as minhas feridas,
Da difícil saudade que desaba!
Do amor inseparável prometido,
Que nesta tua morte enterrasse,
Eu pediria que o tempo voltasse,
E antes então, ter eu de ti partido!
Não só por Deus eu vivo, pois aceito;
Mas, nada mais tem nesta vida a graça,
Que era o seu corpo e, teu sorriso belo!
Aqui fiquei cadáver não desfeito,
Mas, não escondo na face - a desgraça,
Que eternamente desta morte eu velo!