ETERNAMENTE - Soneto ( nº20) do meu livro "Em todos os sentidos"

Cortado o peito que na dor se acaba,

E lavado por lágrimas sentidas,

Procuro curar as minhas feridas,

Da difícil saudade que desaba!

Do amor inseparável prometido,

Que nesta tua morte enterrasse,

Eu pediria que o tempo voltasse,

E antes então, ter eu de ti partido!

Não só por Deus eu vivo, pois aceito;

Mas, nada mais tem nesta vida a graça,

Que era o seu corpo e, teu sorriso belo!

Aqui fiquei cadáver não desfeito,

Mas, não escondo na face - a desgraça,

Que eternamente desta morte eu velo!

Setedados
Enviado por Setedados em 05/01/2014
Código do texto: T4637646
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