MÁRMORE - Soneto ( nº16) do meu livro "Em todos os sentidos"
Um silêncio profundo aqui me envolve,
Por este frio cenário da saudade,
Qual meu findo amor foi pra eternidade,
Que sem ter pena, a vida não devolve.
E torna a minha força temperante,
Ao rumo de só ser viva a lembrança,
De toda emoção que nunca a alcança,
Porque tal pedra, a deixa-me distante.
Isolamento que aturde, não fala;
E das poucas palavras murmuradas
Que solto, tua mudez triste me cala!
Assim..., cala-me por dentro e por fora,
Feito o mármore de capas geladas,
Que tu’alma veste, e a minha, por ti chora!