TRISTE LUAR DE AMOR - Soneto ( nº15) do meu livro "Em todos os sentidos"

Meu estático ser que a orbe fita,

Que vê sonhos longínquos, desta espera

Em saudades que no peito palpita...,

É também reverência à linda esfera!

O que a lua não me diz, vou imaginando

Num tempo que passou, mas vivo ainda,

Dentro assim deste amor e, me apegando,

Cingido a tal lembrança que não finda!

Prata, o seu alfarrábio transparece.

Poderoso e soberbo, faz chamada

Idolátrica pro imo que se aquece.

No alvor, tua face por mim é chorada,

Depois que a triste lua desaparece

Com vigor pra outra noite, ó amada!

Setedados
Enviado por Setedados em 11/12/2013
Reeditado em 14/12/2016
Código do texto: T4607183
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