INTERNAMENTE EXPOSTO - Soneto ( nº12) do meu livro "Em todos os sentidos"
Sou no que me transformo totalmente,
Num real tempo findo e no futuro;
E acima do que pensa a tua mente,
Sou amargo, feliz, lírico e puro!
E tenho veleidades absolutas,
Sou vida e morte de tantos critérios!
Destas páginas com tão bravas lutas,
Sou só amor, ou dor dos cemitérios!
Sou fome, também fortes de saudades;
Curo homeomorfo - a alma peregrina,
Condenso-me às matérias verdades.
E sou muito mais do que me imagina,
Sou martírio das insanidades,
Sou universo que nunca termina!