Táquion

Junto a ponte dos medos me fitava

Um vulto aéreo e branco, soluçando.

Era o corpo do espaço deformando

A clausura do tempo que trincava.

O pranto após o passo nesse quando,

Subira à superfície e se espalhava...

Quanto mais dentro em mim eu procurava,

Tanto mais dentro em mim me despistando.

Enfim ao outro lado, o lado-além;

Aguardo ver a vida tal qual é

Nas formas que a fôrma não detém.

Mas vejo nada além do que já sou.

O sonho transfinito é como a fé:

Ninguém pode saber o que encontrou.