Soneto do Atacama
Há tempos o coração está deserto,
Embora, suscite pequenas paixões.
Pena serem tão minimas e frágeis, que;
Ao menor sopro de verdade, se esvai.
São loucas as peças que a vida nos prega.
Após a tempestade é que se torna deserto.
É absorvendo um diluvio de lagrimas, onde;
Primeiro você transborda, depois seca.
A vida segue seu rumo, mas parece a esmo.
O sol que antes brilhava, agora parece queimar.
A sede que motivava, agora parece matar.
Viver se transforma numa procura desvairada,
Em busca daquele raro oásis que te alimentará.
O mesmo que despertará a próxima tempestade.