Soneto a minha mãe
Quantas vezes chorei no seu regaço
O meu choro noviço de criança
Nesse momento mãe distinta e mansa
Me apertava na curva do seu braço
Desse tempo saudoso ainda eu faço
Um soneto que serve de lembrança
Mamãe morreu e agora o que me cansa
É não vê-la chorar o meu fracasso
Sua morte me fez indiferente
Aos dois anos eu fiquei tão somente
Sem o arrimo da casa dos meus pais
Na distancia do lar em que nasci
Eu descrevo os momentos que vivi
Na ternura dos beijos maternais.