SONETO À RUBRA ROSA
Odir Milanez
 
 
Toda vez que uma rubra rosa vejo,
vejo os seus rubros lábios de mim perto,
orvalhados do orvalho do desejo,
ao meu amor o seu amor aberto!
 
No tempo em que eu versava o seu vercejo,
quando o nosso futuro, mesmo incerto,
sorria para nós, nos dando o ensejo
de sermos dois em um, num só deserto!
 
Agora eu sou um só. Sou ser sozinho.
Sou voz do vento em vênia virtuosa,
calando com os seus cantos de carinho.
 
E lá me vou vivendo verso e prosa,
semeando ilusões pelo caminho,
divagando o descor da rubra rosa...
 
 
JPessoa/PB
18.11.2013
oklima
 
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
oklima
Enviado por oklima em 18/11/2013
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