O PREGO
Odir Milanez
Pisando o que não vi, pisei num prego.
Um prego preto, torto, tão sem graça
que eu me pergunto: quem levou à praça
o prego que feriu feio o meu ego?
Do prego a cicatriz inda carrego,
sua dor ainda dói, só por pirraça!
Agora, pela praça, eu ando à caça
de pregos despregados, que arrenego.
Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Mesmo assim meu espaço deu um passo
pelo espaço de um prego. Que pecado!
Pausei o meu passar. Se não o faço,
posso pisar, com pose de palhaço,
na ponta de outro prego enferrujado!
JPessoa/PB
28.10.2013
oklima
Odir Milanez
Pisando o que não vi, pisei num prego.
Um prego preto, torto, tão sem graça
que eu me pergunto: quem levou à praça
o prego que feriu feio o meu ego?
Do prego a cicatriz inda carrego,
sua dor ainda dói, só por pirraça!
Agora, pela praça, eu ando à caça
de pregos despregados, que arrenego.
Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Mesmo assim meu espaço deu um passo
pelo espaço de um prego. Que pecado!
Pausei o meu passar. Se não o faço,
posso pisar, com pose de palhaço,
na ponta de outro prego enferrujado!
JPessoa/PB
28.10.2013
oklima
Sou somente um escriba que ouve a voz do vento e versa versos de amor... http://oklima.net |