DESILUSÕES. soneto-458.
Cantando do amor os sonhos que viveu,
Descreve em entrelinhas a sua emoção,
Ilustra com vigor o que o amor lhe deu,
Por vezes cambaleia em sua vagueação.
Recorda com carinho todos seus amores,
E um grito na voz rouca quase silencia,
Por tantas alegrias do apogeu das flores,
Chora, pois o tempo mata-os a cada dia.
Percebe e enxerga o mundo já cinzento,
No amargo dos olhos expõe seu lamento,
Os sonhos e canções deixaram de existir.
Em analises percebe as horas de angústia,
Sabe que do homem a existência é curta,
Assim finge não ser real em rústico sorrir.
Cosme B Araujo.
23/10/2013.