Escolhi ser eu

O caminho tem espinho, e resolvi encarar.

Busquei desvencilhar-me, ainda que ferida

Fechei meus olhos e deixei o meu ser amar

Doei-me e então não mais me senti perdida

E nas folhas verdes da esperança eu me fiz

Em lições escritas em orvalho matei a sede

Em dia sem chuva eu quis molhar-me a raiz

E nas noites de corpo cansado; eu fui rede.

Aprendi em cada momento a ser mais eu

Ensinei-me a dar o melhor que em mim via

Desvendei que em minha veia corre poesia.

Pouco a pouco, passo a passo, um por vez

Vou me arriscando na noite e amanhecer

E assim estou e vou sendo o que quero ser.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 17/10/2013
Código do texto: T4530048
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