RASTROS NA POEIRA
Eu desenhava meus rastros
Naquela poeira vermelha
Caminhando para a escola
Uniforme surrado e gasto
Levava numa capanga
Um lápis e um caderno
Tinteiro e mata borrão
Merenda goiaba e manga
Quando voltava faminto
Ainda tinha uma obrigação
Pastorear uma porcada
Criados a solta nos brejais
As margens do rio picão
Tempo bom que não volta mais!