O RIO

E mina o amor em minha pele pálida,

que num segundo, vira um rio imenso;

de gota doce, densa, breve e cálida

a trilho de água farta, forte, extenso.

E segue em correntezas tão velozes,

dissolve chãos, fronteiras e trincheiras,

jorrando em cataratas mil ferozes,

derrama-se em culturas, greis inteiras.

E lambe limos, lodos nos destinos...

E varre seixos, pós no seu percurso...

Inunda ações de instintos vis, ferinos...

Porém nos campos nus de suas margens

que abraçam a braveza de seu curso,

resplende seu labor: florir paisagens.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 07/10/2013
Reeditado em 07/10/2013
Código do texto: T4514811
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