MÁRSIAS

Elevam-se os ouvintes ao celeste

Deleite que Minerva torna puro.

Mas, transtornada, joga no chão duro

A flauta ao qual Cupido o riso investe.

Do sopro Minervino, para o Leste

Fluíra o doce oásis de Arcturo,

Por Mársias, novamente com apuro,

E nem Apolo pôde nesse teste?

Desafiando o então Apolo amigo,

Que descortina Elísios flauteados

Na loura ondulação dos pés de trigo...

O deus, vencendo o tento, roga o fado;

Lançara o jovem Mársias ao castigo

De escalpelar-se ao som jamais sonhado.