Rei

Rei que te corôo ao meu mel e à fantasia,

vista a letra atrevida despido desse manto,

acompanhe o vôo, enquanto há um canto,

tombe na vírgula, que eu te dou a poesia;

Rei de vasto porte ouse tua nudez em cores

pelo meu corpo adocicado e darei o encanto

ao profundo do teu norte e, ao teu espanto,

em deleite de frutas doces, florais e amores;

Rei que me arrebata pelo manto e pela glória,

deite a concubina com tua linha de alinhavo,

dê um nó e desfeche o enredo dessa história;

Rei que me curvo ao teu trono e ao teu bem,

farta-te agora do meu corpo como a um favo

deixe que me escorra todo o mel e direi: VEM!