“HECATOMBE”

Lenta à noite, negror profundo,

Abissal silêncio ouço...

Dói minha carne, cada osso,

Há hipotermia. Me inundo

De um pavor mui colosso.

De nada presto ao mundo,

Sendo eu, um ser oriundo

De um incompleto esboço.

Um olhar dilatado e seco,

O corpo opulento, agora peco

E um jorro de suor insosso...

Paro. É o fim! Logo se estende o menir!

Aos vermes, minhas vísceras irão nutrir

Numa fervente hecatombe no fosso.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 19/09/2013
Código do texto: T4488959
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