Os Bois que Passam no Crepúsculo
Os bois ruminam taciturnos
De tez inutilmente lucida e infiel
Excelso dissuade o sol do entardecer
Sobre a ausência de ventos no vergel.
Nos silêncios da tarde
Rútilos meus olhos se desprendem do crepúsculo
Merencórios os bois passam a minha frente
Arrastando lentamente os seus músculos
Na serena paz que o gado inspira
O sol deita-se na cama do horizonte
Excelsa é a chama derradeira
Que na penumbra da tarde inda delira
Nos restolhos do céu que avermelha
Quando o mundo no espaço apenas gira