HUMANIDADE 8 (ENTERRO DAS VIRTUDES)
A ver, na própria vida, uma adversária,
a humanidade aflita, só, perdida,
submissa, se pretende autoritária,
à falsa liberdade submetida.
Encantos tantos há, é bem verdade;
criancinhas, passarinhos e poesia
e sentimentos flor, amor, bondade,
a realidade entregue à fantasia.
Mas a insatisfação constante, inata
permeia pensamento de aura ingrata,
no tempo, cores tornam-se tons rudes.
E nesta sociedade que se assanha
na cega intolerância tão tacanha,
a humanidade enterra dons, virtudes.