HUMANIDADE 3 (CHUSMA DE NARCISOS)

Perdida nesta chusma de Narcisos,

a amenidade engole sufocada

os últimos resquícios de sorrisos

do tempo em que era a aurora contemplada.

E o homem de imperfeita perfeição,

ababelado em meio às algazarras

de seus iguais de ações boçais, bizarras,

mergulha-se no afã, na ebulição.

As emoções se quebram sob os passos,

tais folhas mortas, soltas, ressequidas;

o pobre ser cativo se infla em ânsia.

Um dia foram livres desses aços...

Que triste. Ledas horas esquecidas

no cofre abarrotado da ganância...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 01/09/2013
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