Soneto do nascer

Nascer é a morte do inanimado

É a luz em um dia apagado

Vamos do escuro ao inesperado

E com um tapa ficamos acordado.

O homem é o ser mais indefeso

Na hora de vir ao mundo

Somos pequenos neste universo

Frágeis, nascemos chorando.

E não saímos por ai andando

Como qualquer outro animal

Racional ou irracional.

Chegamos na terra em prantos

Mas graças a Deus somos perfeitos

E ao nascer partilhamos o mesmo segredo.