CICATRIZES. soneto-428.

Vive aqui mui doloroso o peito meu,

A soluçar com essa nossa despedida,

Vem e me diz há que culpa tenho eu,

Pelas tormentas advindas da partida.

Quando fingia me amar acreditava,

Que fossa só do coração um engano,

E enredado meu amor nem vigiava,

Nas ocultas concebias a teus planos.

Não feristes puramente só meu ser,

O teu também expusestes ao sofrer,

E as cicatrizes presentes em ti serão.

Embora dores possam desaparecer,

Todas as marcas vão ai permanecer,

Em testemunho a enorme ingratidão.

Cosme B Araujo.

21/08/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 21/08/2013
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