PRAZER

Ah, nestas mãos adejam aves delicadas

a me levarem, sobre as asas, à delícia

das noites claras, só de amor enluaradas,

agasalhando meus segredos em carícias.

Ah, nestes lábios que, dos lindos, são moradas

liberto e lambo as inocências das malícias

que dançam n'alma ao som de músicas douradas,

enquanto sugam meus delírios com perícia.

Como se não bastasse tanta maravilha,

tu me convidas a pousar, despir tua ilha

que acolhe a fonte mais sagrada do viver.

Em tuas mãos, teus lábios, ilha, faço mundos

com mil vulcões de orgasmos múltiplos, profundos

e entrego a vida às suas lavas de prazer.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 12/08/2013
Código do texto: T4430577
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