HÁ QUEM ME DERA. soneto-421.

Ai, ai, ai há! Quem me dera à façanha,

De poder cortar os céus como a águia,

E voar acima das altas montanhas,

Entrar nas nuvens e afogar as mágoas.

Ai, ai, ai, há! Quem me dera à sabedoria,

Que tem a aranha a edificar sua teia,

Quem a ensinou ter admirável maestria,

E transformou-a tecelã de Mão cheia.

Ai, ai, ai há! Quem me dera à esperteza,

Das piracemas em fortes correntezas,

Ao conseguirem ascender o curso o rio.

Ai, ai, ai não ficaria assim desanimado,

E nem abatido qual bicho enjaulado,

Nem mesmo em fase de grande desafio.

Cosme B Araujo.

31/07/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 31/07/2013
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