Sílfide
Tu és fêmea sílfide que me alumbra.
Tu és o prazer dos meus devaneios.
Tu és clarão que ilumina a penumbra.
Tu és o propósito dos meus galanteios.
Por ti me converto num ser intrépido
Libertando-me enfim daquela velha timidez
Pois transformas meu manso corpo tépido
Num cálido e esfuziante centro de avidez.
Deixaste meu orgulho nas grimpas
Numa grande felicidade inquieta
Tal qual rios correntes de águas limpas.
Sou altivo por este meu novo proceder
Causas-te em mim uma metamorfose
E por ti viverei sempre a me embevecer.