Vento
Edir Pina de Barros
Eu sou o vento, voz vociferante,
que vai e vem - vadio, vigoroso, -
valsando, tão vivaz e vaporoso,
na várzea de tua alma, vicejante.
Veloz eu varro o vale venturoso
de teu formoso corpo, palpitante,
vasculho vão por vão, voraz, vibrante,
e volto velozmente em voo airoso.
Virgíneos véus, visagens do desejo,
vergasto e venço, vergo o tolo pejo,
mantendo, da paixão, a doce chama.
E a chama que tremula contra o vento,
que invade o corpo, a alma e o pensamento,
é a força visceral que o amor reclama.
Brasília, 10 de Julho de 2013.
CICLOS, pg. 14 - Os quatro elementos - I
Sonetos selecionados, pg. 83
Edir Pina de Barros
Eu sou o vento, voz vociferante,
que vai e vem - vadio, vigoroso, -
valsando, tão vivaz e vaporoso,
na várzea de tua alma, vicejante.
Veloz eu varro o vale venturoso
de teu formoso corpo, palpitante,
vasculho vão por vão, voraz, vibrante,
e volto velozmente em voo airoso.
Virgíneos véus, visagens do desejo,
vergasto e venço, vergo o tolo pejo,
mantendo, da paixão, a doce chama.
E a chama que tremula contra o vento,
que invade o corpo, a alma e o pensamento,
é a força visceral que o amor reclama.
Brasília, 10 de Julho de 2013.
CICLOS, pg. 14 - Os quatro elementos - I
Sonetos selecionados, pg. 83