FULGORES E AQUARELAS
Então me entranço nessas cores fulgurantes...
Amanhecendo em teus matizes, eu poesio
meus versos ávidos nas rimas consoantes
de tua vida que saltita no meu brio.
Depois despejo meus azuis em teu vermelho
e nestes roxos de uvas fluidas, faço o vinho
para brindar o ser, da essência tua, espelho.
Sim, teus desejos e os anseios, adivinho.
E na loucura de avivar-me às telas tuas,
eu até roubo, de outros céus, diversas luas
para solvê-las no brilhar de teus sentidos.
E sobre ti, eu chovo azul em aquarelas
e verdejando em tuas rosas amarelas,
cultivo nossos campos vastos, coloridos.