VIDA EM ARTE
Brincando em verso, espalha ao mundo bom
pincéis e guaches, doces, sol, sorvetes
e oferta amenos, beijo em ramalhetes
a derramar leveza em todo tom.
Chorando em verso, abranda amarga dor,
porque em poesia até canhões são belos;
o pranto e o alento enlaçam-se, dois elos,
enquanto a rima adula algum rigor.
Sonhando em verso, pinta o pensamento,
derrete o bruto em suave sentimento,
o acolhe e guarda impávido, baluarte.
Estando verso, inventa o inexistente
acende-se o condão reflorescente
da realidade à luz de vida em arte.