OUTRA VEZ FÊNIX

Pela terceira vez alço voo,
depois de me deixar levar
pelo destino. De píncaros, entoo
o canto da fênix. Sou eu a cantar.

Nas noites, sussurrarei em ouvidos
amigos as incontáveis tristezas.
Direi, também, que dos tempos idos
trago, no entanto, algumas certezas.

Serei o amanhecer ou o fim de tudo,
que não há uma fênix única,
como não há, do medo, escudo.

Mas das cinzas serei eu, de novo,
um outro, o mesmo na túnica
redescoberta, galinha, ou ovo.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 06/07/2013
Reeditado em 02/07/2014
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