NÃO ME ENCONTRO
Na intensa solidão que me consome,
Quando a noite me envolve em seu silêncio,
Procuro-me nos versos de um poema:
Acho o poema, mas não me encontro.
Ansiosamente escrevo um após outro,
Idéias voam pela minha mente,
Quais aves solitárias sem destino,
Pelo Infinito, sem acharem abrigos.
Ah! Fria solidão que me tortura!
Será a sina triste de um poeta,
Que à sós se sente em plena multidão?
Não sei. Mas dessa solidão preciso,
Para encontrar-me com a inspiração,
Que Arredia, às vezes, de mim foge.
Mas de repente, linda imagem surge
Em forma de mulher feito ternura,
Invade a minha mente e traz-me apenas,
Lúgubre anseio de esperança morta;
Morta esperança de um amor que anseio.
http://sadefreitaspoesias.sites.uol.com.br/index.htm