VAIDADE

Nos veios do instinto egocêntrico humano,

sussurra a minaz pretensão de excelência

do belo indivíduo a pisar soberano

por sobre interesses de alheia existência.

O olhar engolindo o vulcão desengano

intenta abafar a explosão da consciência,

mas cospe o amargor de um anelo tirano

que ferve no peito espancado na essência.

Esplêndido humano que brilha e se basta,

das outras pessoas que o ofuscam se afasta,

seguindo ao contrário da própria verdade.

E em meio a afeições, perfeições de mentira,

a massa homogênea de gente delira

na prava ilusão da traidora vaidade.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 05/07/2013
Código do texto: T4373000
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