VAIDADE
Nos veios do instinto egocêntrico humano,
sussurra a minaz pretensão de excelência
do belo indivíduo a pisar soberano
por sobre interesses de alheia existência.
O olhar engolindo o vulcão desengano
intenta abafar a explosão da consciência,
mas cospe o amargor de um anelo tirano
que ferve no peito espancado na essência.
Esplêndido humano que brilha e se basta,
das outras pessoas que o ofuscam se afasta,
seguindo ao contrário da própria verdade.
E em meio a afeições, perfeições de mentira,
a massa homogênea de gente delira
na prava ilusão da traidora vaidade.