Vampiro da piedade

Auto-piedade, rejeito-a friamente;

Há em mim – em excesso – frialdade

Em não sentir solidariedade

Ante o infortúnio de toda gente.

Aquele que for infeliz, carente

E espera do irmão a bondade,

É o vampiro da piedade

Que se alimenta do afeto de seu parente.

Parasita da humana raça

Que nela se mistura sem escrúpulo,

Como um ser ávido pela desgraça...

Um dia o brilho do crepúsculo

Refletirá ao mundo tua vil tez

E serás trespassado pela piedade que te fez!

28/08/2012

Marcell Diniz
Enviado por Marcell Diniz em 23/06/2013
Código do texto: T4354473
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