Vampiro da piedade
Auto-piedade, rejeito-a friamente;
Há em mim – em excesso – frialdade
Em não sentir solidariedade
Ante o infortúnio de toda gente.
Aquele que for infeliz, carente
E espera do irmão a bondade,
É o vampiro da piedade
Que se alimenta do afeto de seu parente.
Parasita da humana raça
Que nela se mistura sem escrúpulo,
Como um ser ávido pela desgraça...
Um dia o brilho do crepúsculo
Refletirá ao mundo tua vil tez
E serás trespassado pela piedade que te fez!
28/08/2012