ESTÁ ESCURO
I
Eu te amo qual sendo um perfume!
E sendo, ante tal existir
Aspiro um nome, a contrair
A envolta essência dum negrume
Está escuro, todo o caminho
Escuto assovios de fantasmas
E gritam à dor que se pasma
Todos se agitam... E eu sozinho...
Cunho vergues, quais flores trançam
Céus estrelados a compor
Que restando, murcham sem cor
Raios circunspetos avançam
No brilho do lume em que me ardo
Rios que fluem no escuro pardo
II
E te digo adeus sem saber
Que poderia estar mudando
Vivendo, sorrindo e cantando
No Mundo a loucura e o prazer
O trazer consciente – teste!
Ao inconsciente a se fazer
E deixo o que penso eu de ser.
No pensar, de qual rio se veste
De roupas frias - cachos d’água!
Asseverando este delírio
Que ao notar sei ser um colírio
Eu me sinto equilíbrio e mágoa
E o que sempre tenho negado
Saudade de um todo passado
III
De névoas encho a frialdade
Deste Céu cinzento e atroz
Por que serei eu esta voz
Eterna aos prantos da saudade?
E percebendo tudo logo
Que irá grave a se esmaecer
Peço que quando acontecer...
Não se esconda! É o que te rogo
Está escuro? Todo o caminho?
Ouço já os assovios a metros...
Todos gritam, todos espectros
Ouço um ecoar de sininho
E cotejo a sina que some!
A sina perpétua e sem nome
I
Eu te amo qual sendo um perfume!
E sendo, ante tal existir
Aspiro um nome, a contrair
A envolta essência dum negrume
Está escuro, todo o caminho
Escuto assovios de fantasmas
E gritam à dor que se pasma
Todos se agitam... E eu sozinho...
Cunho vergues, quais flores trançam
Céus estrelados a compor
Que restando, murcham sem cor
Raios circunspetos avançam
No brilho do lume em que me ardo
Rios que fluem no escuro pardo
II
E te digo adeus sem saber
Que poderia estar mudando
Vivendo, sorrindo e cantando
No Mundo a loucura e o prazer
O trazer consciente – teste!
Ao inconsciente a se fazer
E deixo o que penso eu de ser.
No pensar, de qual rio se veste
De roupas frias - cachos d’água!
Asseverando este delírio
Que ao notar sei ser um colírio
Eu me sinto equilíbrio e mágoa
E o que sempre tenho negado
Saudade de um todo passado
III
De névoas encho a frialdade
Deste Céu cinzento e atroz
Por que serei eu esta voz
Eterna aos prantos da saudade?
E percebendo tudo logo
Que irá grave a se esmaecer
Peço que quando acontecer...
Não se esconda! É o que te rogo
Está escuro? Todo o caminho?
Ouço já os assovios a metros...
Todos gritam, todos espectros
Ouço um ecoar de sininho
E cotejo a sina que some!
A sina perpétua e sem nome