A VERDADE NAS LEMBRANÇAS
Eu lembro ledo e triste da minha infância,
De tudo que sofri, de tudo que sorri,
De tudo que para mim teve importância,
De tudo que me faltou e eu não vi.
Eu lembro da minha ingenuidade e ânsia,
Dos peixes que meu pai pescou, o mandi,
Das roupas rasgadas, da intolerância,
Das vezes que me chamaram de guri.
E quando trago isso nas lembranças
É com muita dor e com tal felicidade,
Pois aprendi ter muitas esperanças.
É lembrando do bem e da maldade
Que sofremos quando éramos crianças
Que ao crescer enxergamos a verdade.
(YEHORAM)