Regurgitando vida por aí


Na nossa carne habita a suja sorte
Da fedentina que atravessa as eras
Como se fosse cem bilhões de feras
Impondo dentes com potente porte.

Abraça e inala o cheiro podre e forte
Disseminado em todas as esferas
Das nossas vidas! Vai viver! Tempera
Todo o teu peito com o sabor da morte!

Indiferentemente, a podridão,
Lançando vermes sobre as nossas mãos,
Ergue do tempo o não que faz ferir...

Sente esse cheiro acerbo dos entulhos
De carne podre, engole teus engulhos
E regurgita vida por aí!
Firmínio dos Hades
Enviado por Firmínio dos Hades em 05/06/2013
Reeditado em 10/06/2017
Código do texto: T4326674
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