Regurgitando vida por aí
Na nossa carne habita a suja sorte
Da fedentina que atravessa as eras
Como se fosse cem bilhões de feras
Impondo dentes com potente porte.
Abraça e inala o cheiro podre e forte
Disseminado em todas as esferas
Das nossas vidas! Vai viver! Tempera
Todo o teu peito com o sabor da morte!
Indiferentemente, a podridão,
Lançando vermes sobre as nossas mãos,
Ergue do tempo o não que faz ferir...
Sente esse cheiro acerbo dos entulhos
De carne podre, engole teus engulhos
E regurgita vida por aí!