O IGNOTO.
Quem fez a rosa e o cravo branco, o lírio?
Quem pôs a luz no amanhecer do dia?
Quem primeiro rezou a Ave Maria,
e quem nos cobra à vida o ônus do empíreo?
Quem, gente, construiu o meu delírio?
Quem costurou em mim toda a euforia
que ao meu leitor oferto na poesia
e os sonhos do meu sonho aceso em círio?
E estes mundos além configurados
em astros, em espaços, vendavais
dos quais não se divisa originais?
Nós o vemos sem ver, quietos, calados,
o ignoto além do além espacial
sem saber se é ficção ou se é real!
15-02.2012.