ACENOS DE NUNCA MAIS
Odir Milanez
Da praia pedregosa o mar encobre
o coral arenoso, às marés-cheias,
repontando às vazantes, cor de cobre,
marinhado por musas e sereias.
Mas enquanto o recife não recobre,
eu garimpo, no jogo das bateias,
vestígios do passado que me sobre
dos cascalhos colhidos das areias.
Rasteio rastros raros, racionais,
retificando rotas de além-mar,
partindo das premissas dos corais.
Mas o vento não volta a me chamar
e o recife me acena nunca mais,
pra nunca mais aqui me ver voltar...
JPessoa/PB
30.05.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...