“ROGO FINAL”
Meu Deus, da morte, me valha...
O travor já me tapa a goela!
Alguém pede: Traz logo a vela
E prepare também a mortalha.
Vejo luzir o fio da fina navalha
A cortar profundo o meu pomo,
De um pavor gélido me tomo...
Na luta pela vida, perdi a batalha.
Resta na fria pedra, o monturo
De um corpo teso e impuro
A ser atirado numa funda vala...
Deslustrado. Ante o oratório,
No ataúde, ora no meu velório
E carpindo o povo na sala.