RESGUARDOS
Odir Milanez
Em sonhos já sem cor, sem emoções, (*)
deposito as desditas dos amores
perturbados por penas e perdões,
delirantes no andar das suas dores.
Nesses sonhos concentro as comoções,
nos dramas da paixão, dos seus atores,
as dações desiguais dos corações
e o talvez terminal dos trovadores!
Das divas deposito os dissabores,
o desar das desertas ilusões,
as ressequidas récitas das flores.
Dos eternais do instante, as delusões
resguardo, rescindidas de rancores,
em sonhos já sem cor, sem emoções...
JPessoa/PB
22.04.2013
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
(*) Verso extraído do soneto “Tais Ilusões”, da poeta Alma Gort.